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  • Foto do escritorPietra Ramalho

A história do Sertanejo: O gênero mais amado do Brasil

A música sertaneja é um gênero musical que tem sua origem no sertão do Brasil, seu próprio nome já faz relação ao originário ou próprio do sertão. Essa origem vem das modas de viola, que hoje chamamos carinhosamente de "modão", músicas que surgiram nas noites em que as pessoas se reuniam em suas casas para contar histórias e se divertir ao som da viola.



Esse gênero começou a ser produzido a partir da década de 1910 por compositores rurais e urbanos, e hoje o Sertanejo é o estilo mais popular no Brasil, se destacando até mesmo do Samba.


No artigo de hoje, você entenderá um pouco sobre a história desse gênero que nasceu para conquistar todos os cantos deste país, continue lendo e confira!


A história da música sertaneja


Caipira, raiz, romântico e universitário. A música sertaneja tem muitas vertentes, e por isso é considerada o estilo mais versátil que existe, já que ela tem a magia de unir diversos ritmos em suas canções.



Mesmo com seu sucesso extraordinário dentro e fora do Brasil, o sertanejo é um gênero musical completamente brasileiro e em seu estilo caipira são utilizados instrumentos artesanais típicos do Brasil-Colônia, como viola, acordeão e gaita, que são totalmente voltados para o público rural.


A música sertaneja surgiu definitivamente em 1929, quando o pesquisador, compositor, escritor e humorista, Cornélio Pires, decidiu espalhar os costumes caipiras em forma de música e encenações teatrais para os outros cantos do Brasil, passando pelo interior paulista, norte e oeste paranaenses, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e mato-grossense, bancando do próprio bolso o dinheiro para gravar um disco, que logo após ser lançado, esgotou-se nas lojas pela grande procura.


Nesta época, o gênero era conhecido como música caipira, pois as letras tratavam sobre a beleza bucólica e romântica da paisagem, além do modo de vida do homem do interior e do homem da cidade. Atualmente, esse gênero é conhecido como música sertaneja raiz, já que suas letras enfatizam o cotidiano e a maneira de cantar.


Suas fases


Música caipira, sertaneja ou universitária? O tempo passa, e com isso muitas modificações aconteceram, na estrutura da música, temáticas, melodias e instrumentos.


A história da música sertaneja é dividida em três fases: de 1929 a 1944, música caipira ou música sertaneja raiz; de 1945 até os anos 60 como fase de transição e do final dos anos 60 até a hoje, música sertaneja romântica.


Instrumentos, como a harpa e o acordeão, foram introduzidos na música sertaneja, em 1945, além de novos estilos e duetos com intervalos variados. Novos ritmos também foram introduzidos, como o rasqueado, interpretado pelo violeiro mineiro Tião Carreiro. As músicas eram canções amorosas que falavam sobre a vida do compositor, cantor ou pessoas conhecidas. Artistas como Cascatinha & Inhana, Irmãs Galvão e Sulino & Marrueiro fazem parte desta transição.


Cada região foi desenvolvendo seu próprio estilo, no Centro-Oeste a música sertaneja sofre influência de danças como o siriri ou o catira (ou cateretê). Já no Nordeste, elementos da cultura árabe, o baião e o xaxado darão a cor para a melodia e os ritmos sertanejos.


Música caipira


A música caipira retrata o Brasil rural através do canto e do acompanhamento da viola. Mais tarde, seriam incorporados o violão e a sanfona.


Cornélio Pires, que apostou no sucesso comercial deste gênero musical, por sua iniciativa, em 1929, foi realizada a primeira gravação do tema “Jorginho do Sertão”, de sua autoria, registrada pela dupla Mariano & Caçula.


Com o advento do rádio, o som caipira se expandiu pelo Brasil e chegou até à cidade grande, especialmente no Rio de Janeiro.


O termo "caipira" era visto como algo negativo nos anos 20 e 30, com as ideias de industrialização, o caipira representava o ambiente rural que a República queria superar.


Desta forma, o modo de falar e os costumes do caipira foram criticados na imprensa e na literatura através de personagens como o Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, por exemplo.


Música Sertaneja


Para escapar do preconceito, a música caipira foi denominada música sertaneja e agregou novos instrumentos e temas ao seu repertório. Nos anos 70, duplas como Milionário & José Rico incorporaram o jeito de cantar e instrumentação oriunda da música ranchera mexicana.


Já nos anos 80, foram acrescentados os sintetizadores, as viradas de bateria, e melodias pop. Podemos citar Leandro & Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano, Roberta Miranda, João Paulo & Daniel, entre muitos outros.


A música sertaneja, desta época, foi usada em trilhas sonoras de novelas e começou a aparecer no horário nobre da televisão.


Sertanejo Universitário


O sertanejo universitário seria a música sertaneja adaptada ao século XXI e herdeiro direto das mudanças produzidas neste gênero nos anos 80.



Por sua vez, o sertanejo universitário dispensa as duplas e pode ser cantada apenas por uma pessoa. Incluiu as batidas e a estética do country americano, bem como temáticas românticas e urbanas, destacando também o surgimento de duplas e bandas femininas.


Outro ponto importante é que o sertanejo universitário é feito com o propósito exclusivo de fazer as pessoas dançarem. Por sua parte, a música caipira guarda as duas vertentes: dançar e escutar a letra.


Desta maneira, para diferenciar o sertanejo do sertanejo universitário, utiliza-se o termo "música sertaneja de raiz" para designar o gênero praticado até o final do século XX.



Sertanejo Raiz


Com o surgimento do sertanejo universitário houve necessidade de diferenciá-lo daquela música praticada no começo do século XX.


Abaixo uma lista com as 8 músicas sertanejas de raiz mais conhecidas no Brasil.


  • Estrada da Vida, José Rico

  • Jorginho do Sertão, Cornélio Pires

  • Menino da Porteira, Teddy Vieira

  • Chico Mineiro, Tonico e Francisco Ribeiro

  • Luar do Sertão, Luiz Gonzaga

  • Chitãozinho e Xororó, Serrinha

  • Romaria, Renato Teixeira

  • Telefone Mudo, Trio Parada Dura

  • Tristeza do Jeca, Tonico e Tinoco


Evolução


Com a evolução do ritmo, os sertanejos deixaram de ser coisa de comunidades rurais, tornaram-se mais dançantes e urbanos sem perder sua melodia simples e melancólica. Por isso, os sertanejos atuais mudaram de tema e adotaram o amor e a traição.


Além de outros ritmos e estilos, como axénejo, funknejo, eletronejo arrocha com cantores como Munhoz e Mariano, André Luiz e Otávio, Thaeme e Thiago, e Michel Teló, Gusttavo Lima, Israel Novaes, Cristiano Araújo e Léo Rodriguez, Marília Mendonça, Zé Felipe etc.


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